Palestras
Jornada A Santarém do Tempo do Renascimento (1520-1590)
O TEMPO DO RENASCIMENTO EM SANTARÉM: UMA IDADE DE OURO
Jornada A Santarém do Tempo do Renascimento (1520-1590)
Casa do Brasil, 8 de Novembro de 2025 | 09h00-17h00
O TEMPO DO RENASCIMENTO EM SANTARÉM: UMA IDADE DE OURO
Scalabis foi uma das capitais das artes e letras em Portugal no século XVI, como facilmente se comprova face ao conjunto de monumentos, de obras no campo das artes e letras e de outros testemunhos sobreviventes. Os bens histórico-artísticos santarenos não se esgotam (ao contrário do que muitos visitantes ainda hoje pensam) no epíteto de Capital do Gótico, justamente tributado à cidade, em 1924, por Vergílio Correia. É preciso lembrar também, ao mesmo tempo, as insuspeitadas valências artísticas da antiga vila quinhentista, a qual foi, mesmo, um dos pólos nacionais do largo tempo do Renascimento.
A presente Jornada Cultural, que envolve destacadas colaborações multidisciplinares e vai trazer mais saberes sobre a Santarém do século XVI, tem como figura patronal Luís de Camões, tão ligado à vila por laços familiares e afectivos (sua mãe Ana de Sá Macedo era santarena), e que por alguma razão lhe chamou, no Canto III de Os Lusíadas (III, 55) «o sempre enobrecido Scabelicastro / cujo campo ameno, / Tu, claro Tejo, regas tão sereno»... Leitor de Camões, o poeta cristão-novo Manuel Tomás retomaria, em 1635, a mesma referência lendária: «Sempre em Cabelicastro, o trigo louro, / Offereçe honrando os campos, tal que espanta, / Mas mais os (h)onra com Eiria santa» (Insulana, I, 35).
Apesar das fases de abandono e descaracterização que depauperaram Santarém e levaram à destruição de muito do seu património edificado quinhentista, e em que tanto se perdeu em roubos, dispersões, vendas ao desbarato e maus restauros, ainda existem obras de arquitectura de grande importância -- como as igrejas do Santíssimo Milagre, de Marvila, de Santa Iria e da Misericórdia, o claustro de Nossa Senhora da Saúde, e a Capela de Nossa Senhora do Monte --, bem como a varanda da rua de João Afonso, o púlpito de Santa Cruz da Ribeira, a colecção artística do Museu Diocesano, os acervos de pintura renascentista e maneirista em igrejas urbanas e rurais, e alguma tumulária do acervo municipal (para além dos túmulos que foram levados para Lisboa e que urge, um dia, resgatar para o património da cidade).
Tudo aponta, assim, para que Santarém assuma, tanto no campo da História da Arte como no do Turismo Cultural, o fruto dessas suas inegáveis valências e passe a ser considerada de pleno direito como uma das capitais do Tempo do Renascimento em Portugal.
PROGRAMA:
9h00 Abertura das Jornadas, com breves palavras do senhor Presidente da C.M.S. e do senhor Coordenador do Fórum, Engº Carlos Matias Coffee-break de apoio
9h30-10h00
Vítor Serrão (FLUL/ Artis-IHA)
‘No sempre enobrecido Scabelicastro’: Pintura, Escultura, Poesia e outras artes em Santarém no tempo de Camões
10h00-10h30
Fernando António Baptista Pereira (FBAUL/ CIEBA)
A presença de Francisco de Holanda em Santarém
10h30-11h00
Francisco Bilou (CME / UC)
A obra em Santarém de Diogo de Sarça, o melhor oficial que havia neste reino (1539-1553)
11h00-11h30
Maria Teresa Desterro (I.P.T., CIEBA/FBAUL, ARTIS-IHA-FLUL)
Ambrósio Dias, operoso chefe de uma oficina de pintura escalabitana, no largo tempo do Renascimento
11h30-12h00
Paulo Renato Ermitão Gregório (Prof., Torres Novas)
Santarém no Tempo do Renascimento: Irradiação Artística e Surto Construtivo no Médio Tejo - o caso Torrejano (1570–1630)
12h00-12h30
Luís António Mata (CMS/DC)
Uma vila renascida: apontamentos para a história de Santarém quinhentista
12h30-13h00
Debate
13h00-14h30
Intervalo para almoço livre
14h30. Visita guiada à igreja do Santíssimo Milagre
15h30. Visita guiada à igreja de Marvila e ao túmulo dos Portocarrero na igreja da Graça
16h00-17h00 Visita guiada à igreja da Misericórdia, que inclui o Encerramento das Jornadas com Música e Poesia (Camões e outros autores) com
Marta Cruz (Conservatório de Música de Santarém) -- Órgão
Nuno Domingos (Fórum Ribatejo) -- Poesia
Pormenor dos frescos de uma sala pertencente ao Conde de Unhão junto à Colegiada de Santa Maria de Alcáçova
Comissão Organizadora: pelo Fórum Ribatejo -- Ana Rita Pereira, António Monteiro, Aurélio Lopes, Carlos Matias, Elvira Marques, Luís Nazaré, Lurdes Veiga, Manuela Marques, Nuno Prates, Roberto Caneira, Vítor Serrão
Pela Divisão da Cultura da Câmara Municipal de Santarém -- Carlos Amado e Luís António Mata
Agradecimentos: ao senhor Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Santarém, senhor Doutor José Miguel Correia Noras, ao senhor Padre Aníbal Vieira, Reitor do Santuário do Santíssimo Milagre, e à responsável do Museu Diocesano de Santarém, senhora Dra Eva Raquel Neves.
Casa do Brasil, 8 de Novembro de 2025 | 09h00-17h00
O TEMPO DO RENASCIMENTO EM SANTARÉM: UMA IDADE DE OURO
Scalabis foi uma das capitais das artes e letras em Portugal no século XVI, como facilmente se comprova face ao conjunto de monumentos, de obras no campo das artes e letras e de outros testemunhos sobreviventes. Os bens histórico-artísticos santarenos não se esgotam (ao contrário do que muitos visitantes ainda hoje pensam) no epíteto de Capital do Gótico, justamente tributado à cidade, em 1924, por Vergílio Correia. É preciso lembrar também, ao mesmo tempo, as insuspeitadas valências artísticas da antiga vila quinhentista, a qual foi, mesmo, um dos pólos nacionais do largo tempo do Renascimento.
A presente Jornada Cultural, que envolve destacadas colaborações multidisciplinares e vai trazer mais saberes sobre a Santarém do século XVI, tem como figura patronal Luís de Camões, tão ligado à vila por laços familiares e afectivos (sua mãe Ana de Sá Macedo era santarena), e que por alguma razão lhe chamou, no Canto III de Os Lusíadas (III, 55) «o sempre enobrecido Scabelicastro / cujo campo ameno, / Tu, claro Tejo, regas tão sereno»... Leitor de Camões, o poeta cristão-novo Manuel Tomás retomaria, em 1635, a mesma referência lendária: «Sempre em Cabelicastro, o trigo louro, / Offereçe honrando os campos, tal que espanta, / Mas mais os (h)onra com Eiria santa» (Insulana, I, 35).
Apesar das fases de abandono e descaracterização que depauperaram Santarém e levaram à destruição de muito do seu património edificado quinhentista, e em que tanto se perdeu em roubos, dispersões, vendas ao desbarato e maus restauros, ainda existem obras de arquitectura de grande importância -- como as igrejas do Santíssimo Milagre, de Marvila, de Santa Iria e da Misericórdia, o claustro de Nossa Senhora da Saúde, e a Capela de Nossa Senhora do Monte --, bem como a varanda da rua de João Afonso, o púlpito de Santa Cruz da Ribeira, a colecção artística do Museu Diocesano, os acervos de pintura renascentista e maneirista em igrejas urbanas e rurais, e alguma tumulária do acervo municipal (para além dos túmulos que foram levados para Lisboa e que urge, um dia, resgatar para o património da cidade).
Tudo aponta, assim, para que Santarém assuma, tanto no campo da História da Arte como no do Turismo Cultural, o fruto dessas suas inegáveis valências e passe a ser considerada de pleno direito como uma das capitais do Tempo do Renascimento em Portugal.
PROGRAMA:
9h00 Abertura das Jornadas, com breves palavras do senhor Presidente da C.M.S. e do senhor Coordenador do Fórum, Engº Carlos Matias Coffee-break de apoio
9h30-10h00
Vítor Serrão (FLUL/ Artis-IHA)
‘No sempre enobrecido Scabelicastro’: Pintura, Escultura, Poesia e outras artes em Santarém no tempo de Camões
10h00-10h30
Fernando António Baptista Pereira (FBAUL/ CIEBA)
A presença de Francisco de Holanda em Santarém
10h30-11h00
Francisco Bilou (CME / UC)
A obra em Santarém de Diogo de Sarça, o melhor oficial que havia neste reino (1539-1553)
11h00-11h30
Maria Teresa Desterro (I.P.T., CIEBA/FBAUL, ARTIS-IHA-FLUL)
Ambrósio Dias, operoso chefe de uma oficina de pintura escalabitana, no largo tempo do Renascimento
11h30-12h00
Paulo Renato Ermitão Gregório (Prof., Torres Novas)
Santarém no Tempo do Renascimento: Irradiação Artística e Surto Construtivo no Médio Tejo - o caso Torrejano (1570–1630)
12h00-12h30
Luís António Mata (CMS/DC)
Uma vila renascida: apontamentos para a história de Santarém quinhentista
12h30-13h00
Debate
13h00-14h30
Intervalo para almoço livre
14h30. Visita guiada à igreja do Santíssimo Milagre
15h30. Visita guiada à igreja de Marvila e ao túmulo dos Portocarrero na igreja da Graça
16h00-17h00 Visita guiada à igreja da Misericórdia, que inclui o Encerramento das Jornadas com Música e Poesia (Camões e outros autores) com
Marta Cruz (Conservatório de Música de Santarém) -- Órgão
Nuno Domingos (Fórum Ribatejo) -- Poesia
Pormenor dos frescos de uma sala pertencente ao Conde de Unhão junto à Colegiada de Santa Maria de Alcáçova
Comissão Organizadora: pelo Fórum Ribatejo -- Ana Rita Pereira, António Monteiro, Aurélio Lopes, Carlos Matias, Elvira Marques, Luís Nazaré, Lurdes Veiga, Manuela Marques, Nuno Prates, Roberto Caneira, Vítor Serrão
Pela Divisão da Cultura da Câmara Municipal de Santarém -- Carlos Amado e Luís António Mata
Agradecimentos: ao senhor Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Santarém, senhor Doutor José Miguel Correia Noras, ao senhor Padre Aníbal Vieira, Reitor do Santuário do Santíssimo Milagre, e à responsável do Museu Diocesano de Santarém, senhora Dra Eva Raquel Neves.

